quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Mundo só teu...

Neste Mundo que nos envolve, embebidos pela miséria alheia
Onde destronados alguns pela tristeza outros através da ausência de uma sorte
De uma sorte que se mostra distante, afunilando as escolhas
Aqui onde repousas o fôlego das atribuladas discrepâncias
Fustigas os demais vencidos, que também eles arrastados pela multidão
Se perderam algures na vida…
Almas que perdem na ausência dos sonhos
Ali onde acreditas
Ali onde só tu ganhas
Ali onde todos são felizes
Ali onde tu não alcanças…
Aqui recais apenas na textura das palavras que se mostram vazias a quem já nada vê
Neste mundo desolado, a diferença está na dificuldade que nem sempre escolhes
Assim como cada dia que passa, cada noite que se apaga
Esqueces e perdes um pouco de ti…
O tempo que não volta, a raiva que se alastra
O brilho que já não vês...
O pouco a que te dás, cabe numa mão fechada
O pouco contigo é tudo, o tudo sem ti é nada
Sem te teres, sem a ti próprio conhecer
Destorcido da realidade que nos embrulha
Segues por onde te perdes, sem destino ou solução
Sem adeus, sem perdão…
Permaneço aqui onde não me queres onde és uma desilusão
Assim de como quem vem e não vê
De quem chora e não sente
Sem tristeza e sem dor, mágoa ou rancor
No limiar da solidão… almas que se juntam
Amor que perdoa o que em troca se perde na razão
Na agua que banha as lágrimas que fogem de ti
Na luz que perdes para ti…
No colmatar da sensatez, feliz quem como e porquê
Sem raciocínio aparente, distante, fojes de quem???
De mim de ti de mais alguém, não sei!!!
Perdes o que já morreu em ti
Perdido no mundo que criaste sem pensar em nada, sem pensar em ti
Vagueias na sombra, és a “merda” que vês, és o monstro que és
És quem não foste… és quem morre aqui…
Nasce de novo e luta por ti...

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